sexta-feira, 12 de setembro de 2008

De como o menino Andinho viu-se diante de uma assombração e para ela deu bons conselhos e ouvidos.

No centro de algum lugar, perto de lugar nenhum encontrou Andinho ali sentado um homem e seu amigo, o luxo. Dizia ser ele o luxo seu amigo, e como luxo tomava uma carteira de cigarros. E o menino não exitou em perguntar. -- Antes de mais nada, qual é o seu nome e de onde você vem, ou é daqui mesmo da região?
-- Eu me chamo seu Zezinho Pão e Água, mais pode me chamar de Zé, venho de terras distantes, que nem mesmo os olhos mais atentos poderiam encontrar vastidão maior ao contemplar o horizonte que tomam eu e o meu povo por vista. E você garoto, o que faz aqui perdido, está só de passagem ou veio para ficar, e alem do mais qual é a sua graça?
-- Eu me chamo Andinho, mais o senhor me chame como melhor achar, afinal de contas é só mais um nome não é?
-- Não menino Andinho, não devemos tratar o nome pelo qual nossos pais decidiram nos chamar por tão simples fato, afinal de contas é a partir do nome que se identifica o herói, não é?
-- Sim, quando já não se faz tanta menção aos feitos que esse produziu sobre a terra, e alem do mais um nome não justifica nada, em meio a guerra não lhe perguntariam o nome para depois lhe enfiarem uma bala no peito. Não pediram para que você se identificar para poderem assim fazerem menções honrosas em seu nome no dia em que a guerra terminar, sendo esses os meus motivos ignoro o valor simbólico ou usual de meu nome.
-- Se assim escolhe, por mim tudo bem, mais de onde você é mesmo em Andinho?
-- Acho que ainda não sei, mais pressinto que logo- logo terei pelo menos uma idéia de quem eu seja e sempre fui, e se ainda sou o mesmo que era antes de não saber quem eu era.
-- Não entendi bulhufas.
-- Existem coisas que parecem não serem feitas para se compreender, pelo menos o seu todo, em partes todos conhecemos um pouco do segredo de cada idéia e de cada palavra e até mesmo de cada ação ou pensamento. O senhor Zé já parou para pensar em quanta coisa legal há para se descobrir no mundo e na vida e até em nos mesmos, e mesmo que não possamos compreender toda a maquina do universo ainda assim teremos o prazer de saborear e compreender uma parcela deste mistério.
-- O menino é um rapazinho muito sabido e curioso, havia tempos que ninguém se dirigia a mim com tanta disposição em viver e descobrir o manto da realidade aparentemente verdadeira. E sabe meu jovem que eu também me preocupava com essas questões, mais com o passar dos anos elas parecem silenciar-se no interior de nossas cabeças, e as vezes acabam caindo no esquecimento.
-- Como assim o senhor esqueceu-se de viver, e isso não deixou o senhor triste.
-- Não meu filho, acho que esquecer de viver seria demais, mais acho que já não tenho tempo nem cabeça para pensar nessas coisas que dizem respeito a vida, nunca me esqueci de viver, mais em um determinado momento achei que seria melhor eu não mais pensar em como obter uma resposta para todas as minhas perguntas, e comecei a pensar em como obter um terreninho onde eu pudesse plantar e criar ali meus filhos e minha mulher, pois essa era a minha parcela de felicidade e eu não exigi mais do que isso. Deus foi generoso comigo, e acredito que vai me recompensar quando eu partir dessa para melhor.
-- Acho que entendi, o senhor trocou a Filosofia pelo conforto e pela segurança. E ao invés de investir em suas duvidas resolveu investir em terras. O senhor plantou alguma idéia legal em suas terras, e o que o senhor colheu alem de conforto e segurança?
-- Durante algum tempo colhi muito conforto mais que não me trouxe segurança alguma. Hoje não tenho mulher nem filhos e fico por ai errando pelo mundo sem saber o que fazer e em que pensar, não sei meu filho, mais acredito ser esse o fim do túnel para esse pobre farrapo que suou a vida toda para dar do bom e do melhor para sua família e hoje me vejo abandonado à sorte do mundo sem ninguém para me consolar. Os únicos amigos que me sobraram foram esses cigarros, sempre quando tiro um de dentro da carteira e acendo-o é como se uma luz acendesse no fim do túnel, eu me sinto mais calmo e os problemas parecem ir-se embora por um momento.
-- Mais que problemas seu Zé?
-- A solidão meu filho, a solidão me destrói dia após dia, não consigo mais viver nesse mundo sem ao menos ter alguém com quem conversar, sabe pode ser uma pessoa que não fale muito pois quero apenas que me ouça e me de ouvidos, apenas isto menino, assim como você esta fazendo agora com esse verme terrestre. -- Mais não e possível que não haja ninguém com quem o senhor possa se desabafar nos momentos de desespero e solidão.
-- Não meu filho, não há ninguém e acredito ter matado a ultima a umas horas atrás, arranquei-lhe ate mesmo a ultima gota de sangue, não quis que pudesse se levantar novamente então tomei providências trágicas que me levaram a esquartejar a vitima ficando irreconhecível.
-- E eu posso saber o nome dessa pessoa, talvez eu ate tenha encontrado com ela no meio do caminho para esse lugar nenhum. Vamos me diga quem e o que sorveu com tanto ódio o seu coração a ponto de ser capaz ate mesmo de um ato tão cruel.
-- Essa pessoa que você procura saber quem é está bem na sua frente menino, sou eu o sujeito que morreu esquartejado a horas atrás. Eu estava aqui mais na vontade de acompanhar minha mulher e crianças e vendo não ser mais possível alcança-los decidi partir de uma vez, abandonei o barco com medo das grandes ondas, sou um covarde.
-- Mais acredito eu não estar falando de fato com um defunto, o senhor me parece tão vivo que eu não posso admitir ser o senhor um cadáver esquartejado. E no momento em que acabou de pronunciar estas palavras Andinho viu sumir diante de seus olhos a imagem do andarilho Zé, o homem que trocou o tempo pelo luxo e esqueceu-se que é no luxo que se encontram todas as avarezas humanas, não tinha conhecimento para perceber que aquilo que lhe parecia conforto se assemelhava a sua cova, homem infeliz, na ausência de vida esqueceu-se até mesmo de morrer.
E seguiu Andinho novamente pelo caminho que não levava a lugar algum, muito menos ao seu objetivo que na verdade era um não objetivo.
Pois se caminhares por lugares conhecidos caminhardes, pessoas conhecidas encontraras. Mais se andares por lugares desconhecidos pessoas novas encontrara e novas idéias poderás formular.
No centro de algum lugar, perto de lugar nenhum encontrou Andinho ali sentado um homem e seu amigo, o luxo. Dizia ser ele o luxo seu amigo, e como luxo tomava uma carteira de cigarros. E o menino não exitou em perguntar. -- Antes de mais nada, qual é o seu nome e de onde você vem, ou é daqui mesmo da região?
-- Eu me chamo seu Zezinho Pão e Água, mais pode me chamar de Zé, venho de terras distantes, que nem mesmo os olhos mais atentos poderiam encontrar vastidão maior ao contemplar o horizonte que tomam eu e o meu povo por vista. E você garoto, o que faz aqui perdido, está só de passagem ou veio para ficar, e alem do mais qual é a sua graça?
-- Eu me chamo Andinho, mais o senhor me chame como melhor achar, afinal de contas é só mais um nome não é?
-- Não menino Andinho, não devemos tratar o nome pelo qual nossos pais decidiram nos chamar por tão simples fato, afinal de contas é a partir do nome que se identifica o herói, não é?
-- Sim, quando já não se faz tanta menção aos feitos que esse produziu sobre a terra, e alem do mais um nome não justifica nada, em meio a guerra não lhe perguntariam o nome para depois lhe enfiarem uma bala no peito. Não pediram para que você se identificar para poderem assim fazerem menções honrosas em seu nome no dia em que a guerra terminar, sendo esses os meus motivos ignoro o valor simbólico ou usual de meu nome.
-- Se assim escolhe, por mim tudo bem, mais de onde você é mesmo em Andinho?
-- Acho que ainda não sei, mais pressinto que logo- logo terei pelo menos uma idéia de quem eu seja e sempre fui, e se ainda sou o mesmo que era antes de não saber quem eu era.
-- Não entendi bulhufas.
-- Existem coisas que parecem não serem feitas para se compreender, pelo menos o seu todo, em partes todos conhecemos um pouco do segredo de cada idéia e de cada palavra e até mesmo de cada ação ou pensamento. O senhor Zé já parou para pensar em quanta coisa legal há para se descobrir no mundo e na vida e até em nos mesmos, e mesmo que não possamos compreender toda a maquina do universo ainda assim teremos o prazer de saborear e compreender uma parcela deste mistério.
-- O menino é um rapazinho muito sabido e curioso, havia tempos que ninguém se dirigia a mim com tanta disposição em viver e descobrir o manto da realidade aparentemente verdadeira. E sabe meu jovem que eu também me preocupava com essas questões, mais com o passar dos anos elas parecem silenciar-se no interior de nossas cabeças, e as vezes acabam caindo no esquecimento.
-- Como assim o senhor esqueceu-se de viver, e isso não deixou o senhor triste.
-- Não meu filho, acho que esquecer de viver seria demais, mais acho que já não tenho tempo nem cabeça para pensar nessas coisas que dizem respeito a vida, nunca me esqueci de viver, mais em um determinado momento achei que seria melhor eu não mais pensar em como obter uma resposta para todas as minhas perguntas, e comecei a pensar em como obter um terreninho onde eu pudesse plantar e criar ali meus filhos e minha mulher, pois essa era a minha parcela de felicidade e eu não exigi mais do que isso. Deus foi generoso comigo, e acredito que vai me recompensar quando eu partir dessa para melhor.
-- Acho que entendi, o senhor trocou a Filosofia pelo conforto e pela segurança. E ao invés de investir em suas duvidas resolveu investir em terras. O senhor plantou alguma idéia legal em suas terras, e o que o senhor colheu alem de conforto e segurança?
-- Durante algum tempo colhi muito conforto mais que não me trouxe segurança alguma. Hoje não tenho mulher nem filhos e fico por ai errando pelo mundo sem saber o que fazer e em que pensar, não sei meu filho, mais acredito ser esse o fim do túnel para esse pobre farrapo que suou a vida toda para dar do bom e do melhor para sua família e hoje me vejo abandonado à sorte do mundo sem ninguém para me consolar. Os únicos amigos que me sobraram foram esses cigarros, sempre quando tiro um de dentro da carteira e acendo-o é como se uma luz acendesse no fim do túnel, eu me sinto mais calmo e os problemas parecem ir-se embora por um momento.
-- Mais que problemas seu Zé?
-- A solidão meu filho, a solidão me destrói dia após dia, não consigo mais viver nesse mundo sem ao menos ter alguém com quem conversar, sabe pode ser uma pessoa que não fale muito pois quero apenas que me ouça e me de ouvidos, apenas isto menino, assim como você esta fazendo agora com esse verme terrestre. -- Mais não e possível que não haja ninguém com quem o senhor possa se desabafar nos momentos de desespero e solidão.
-- Não meu filho, não há ninguém e acredito ter matado a ultima a umas horas atrás, arranquei-lhe ate mesmo a ultima gota de sangue, não quis que pudesse se levantar novamente então tomei providências trágicas que me levaram a esquartejar a vitima ficando irreconhecível.
-- E eu posso saber o nome dessa pessoa, talvez eu ate tenha encontrado com ela no meio do caminho para esse lugar nenhum. Vamos me diga quem e o que sorveu com tanto ódio o seu coração a ponto de ser capaz ate mesmo de um ato tão cruel.
-- Essa pessoa que você procura saber quem é está bem na sua frente menino, sou eu o sujeito que morreu esquartejado a horas atrás. Eu estava aqui mais na vontade de acompanhar minha mulher e crianças e vendo não ser mais possível alcança-los decidi partir de uma vez, abandonei o barco com medo das grandes ondas, sou um covarde.
-- Mais acredito eu não estar falando de fato com um defunto, o senhor me parece tão vivo que eu não posso admitir ser o senhor um cadáver esquartejado. E no momento em que acabou de pronunciar estas palavras Andinho viu sumir diante de seus olhos a imagem do andarilho Zé, o homem que trocou o tempo pelo luxo e esqueceu-se que é no luxo que se encontram todas as avarezas humanas, não tinha conhecimento para perceber que aquilo que lhe parecia conforto se assemelhava a sua cova, homem infeliz, na ausência de vida esqueceu-se até mesmo de morrer.
E seguiu Andinho novamente pelo caminho que não levava a lugar algum, muito menos ao seu objetivo que na verdade era um não objetivo.
Pois se caminhares por lugares conhecidos caminhardes, pessoas conhecidas encontraras. Mais se andares por lugares desconhecidos pessoas novas encontrara e novas idéias poderás formular.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

De como Andinho ( o garoto que perguntava) decidiu seguir o não objetivo de sua vida

Aquele menino arteiro que corria de canto a canto da cidade, conhecia tudo, fuçava tudo, e tudo o que aperecia na sua frente não deixava passar sem uma pergunta. Era incrivel e adimiravel a capacidade e a criatividade que tinha para formular peguntas. E sobre tudo o que perguntava exigia uma resposta clara, que não o deixa-se desentendido.




Desentendidos ficavam os que com ele trombavam na rua. Logo que o viam chegar colocavam a cabeça para funcionar, intentando que o menino viesse-lhes prover com alguma pergunta. E quando Andinho se aprocimava não era diferente, mandava logo a mais complicada das perguntas, parecia fazer de birra ou inplicância, mais logo se percebia o olhar interessado do menino. E era so falar em Andinho, que la vinha ele tecendo uma nova pergunta.



--Dona Maria, o que mais te motiva nisso tudo. Seu João, mais o que e mesmo um barbeador. E Juguinha, você sabe o que e um dirigivel. Por que os balões sobem mamãe. O que seria uma camisinha papai, e para que ela serve. Mais a minha mãe me disse que os dinossauros não existiram nem aqui e nem na China.

E muittas tantas outras que iam surgindo aos baldes. Perguntas das mais variadas formas e tamanhos.



Contava nove anos de idade quando firmou-se em Andinho aquela vontade de questionar pessoas e coisas. E dai em diante não parou mais, dez, onze, doze... e tantos outros anos. O que antes era mero prazer passou a ser o motivo de sua existência.



Andinho cresceu, se formou e foi para o colegio, havia terminado o fundamental e ingressado no ensino medio, mais logo no primeiro ano causou a maior balburdia ao questionar um profesor sobre os metodos de repressão que esse ultilizava no exercicio de sua funçâo. Andinho, ou o garoto que perguntava, comoficou conhecido, não concordou com a palmatoria que lhe aplicaram e, traumatizado, decidiu abandonar a escola como propriedade e convenção, percebeu que as respostas não se encontravam naquelas quatro paredes da sala de aula, não conseguiu dentro daquela instituição formular perguntas alem das que se refericem sobre os metodos e regras estabelecidas pelo regimento escolar, que parecia servir apenas para manterem organisados e adestrados os alunos.



-- Aquele local e como uma incubadora, assim como me explicou outra vez o Marquinhu. So que, ao inves de se incubarem crianças, conservam ali cerebros imaturos de jovens, alimentando e cuidando para que eles, quando se virem fora daqule local possam ingressar no mundo e no mercado, de maneira a suprirem com suas qualidades motoras as necessidades do mundo e do mercado. E ai eles serão objetos, todos com uma função, e estarão todos em uma enorme pratileira, prontos para serem comprados e usados. Andinho não se conformou, e decidiu errar pelo mundo.



--Mais meu filho, isto e um absurdo. Onde ja se viu, caminahr pelo mundo. Vamos! O que você quer saber, diga para a mamãe.

--Mamãe! Acho que não e a hora de eu querer saber de alguma coisa. Você sabe o que e o mundo mamãe, o que e a vida, e qual o sentido disso tudo. Você sabe mamãe, se você sabe me diga.

--Tudo bem meu filho, acho que te compreendo. Tome seu caminho e va conhecer o mundo, mais so me prometa uma unica coisa.

--Sim minha mãe, pode me diser.

--Se por algum acaso você encontrar a vida em alguma esquina, diga que eu sinto saldades.

--Muito bem minha mãe, não so prometo dar-lhe o seu recado, como tambem me comprometo em traser-lhe um retrato da vida. Tenho certeza que você se sentira muito bem. Agora, adeus minha mãe, agora eu me vou para algum lugar distante daqui, mais proximo de mim.





E assim foi Andinho pelo mundo afora. Não tinha nem ideia nem objetivo, parecia so querer brincar. Brincar de perguntas e respostas, e não se distraiu, em todos os lugares que visitou procurou buscar ideias novas que contribuiessem para o seu objetivo, que o menino procurou reconhecer como "um não objetivo de minha vida, uma resposta".

terça-feira, 9 de setembro de 2008

fome

Distraio eu a minha fome
pintando este cartaz
Pintando eu este cartaz
distraio a minha fome


Acabou com um toque de pincel
analizo eu as letras tortas


Cinco minutos se passam,
levanto eu o meu cartaz
Outros nove me atormentam,
um homem vê, e nada faz


Não entendo as horas no relógio,
outros cinco minutos se vão e:
- Eu abaixo o meu cartaz.


Sentada em meio a perdição
à qual o tempo me traz
Outros cinco minutos se vão
e eu me deito
"Pois tempo já não me resta mais"

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

possibilidades e incompatibilidades

apenas algumas perguntas para possíveis debates








o que seria literatura?
o que seria literatura infantil?
o que seria um papo cabeça?








se isso apenas é o suficiente para iniciarmos um debate, que venha a primeira questão!

quarta-feira, 3 de setembro de 2008


seja marginal, seja cidadão, seja herói
seja o que for, seja você
seja do jeito que quiser, seja você
a vida estava a um palmo de distância de seus olhos
você se distraiu e a vida sumiu
foi-se embora com todas as suas ilusões
houve um momento em que pensei
há vida aqui? há de haver vida aqui?
e foi neste momento em que eu me lembrei
que nunca houve vida vivida
que a vida que aqui existia foi-se embora
junto ao sonhos e imagens da TV
e novamente aquela náusea me cobriu os olhos
e eu tentei acordar.
gritei
chorei
vômitei
até mesmo cantei uma triste canção
dessas que nos fazem chorar
e depois dormi, como um louco bêbado
cansado, exausto de tantas lamentações
0hhhhhhhhhhhhhhhh!!! quantas lamentações
e percebi
que de todos os sofrimentos
as lamentações são as que menos nos edificam
e então resolvi acordar
abri os olhos
lavei o rosto, escovei os dentes, tomei café
e fui trabalhar.
e agora cidadão, e agora marginal.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

da necessidade de se obter uma verdade absoluta

É necessário, contraditório, e abusivo
É isso, é aquilo, é tudo ou nada
É Deus ou Cristo, ou santo de marmelada
Mais é meu mundo, todo meu e infinito.




Dá vontade de se obter uma verdade etern
Mais passa-se logo de passagem
E vai embora num instante
E quando é agora, eu já nem sei se eu

sábado, 30 de agosto de 2008

sonho meu

Tinha em frente aos olhos a face, chapa de prata polida com um punhado de areia desértica; o espelho. A imagem que se forma plana é real mais não objeto. As semelhanças presentes entre ambas propõe e me suscita um pensamento, que expressa a semelhança entre a aparência de liberdade entre ambos.
Em sonho penso, a imagem é formada a partir do reflexo que eu exponho, objeto pensante, peça fundamental para a análise as mesma.
Logo, poder-se ia ver a imagem em condições de irracionalidade?
Qual seria a expressão na face da imagem expressada pelo objeto, sendo todo o processo permitido apenas pela intervenção da luz, pois acredita-se não haver imagens na escuridão. Ou não?
O que me ficou claro na noite em que tive este sonho é a necessidade de intervenção
De uma força primordial, uma força que precede todas as Histórias e Filosofias, para o exercício da razão e a análise da mesma.
A imagem como fruto do raciocínio possibilitado pela presença da luz.

Foi desta maneira que despertei, atordoado e confuso; resquícios de sonhos ainda se manifestavam em minha mente, tenho lembranças claras do conjunto de pirâmides que formavam um grande pátio ao centro, eu corria em grandes saltos e alcançava as nuvens, não tinha proporções nem direções tudo me parecia ilimitável e nada era mistério aquela manhã . Confundi-me e estranhei o Sol ofuscando minha visão através do vidro da janela do quarto, este que era naquela manhã pequeno mais com medidas extravagantes. Contraditório mais possíveis o teto fugia a minha vista, daí a ausência de luz, a cama que ocupava quase toda a área do quarto deixando apenas dois abismos ao redor da cama, isso tudo me amedrontou e eu pensei o por que não havia continuado a sonhar, mais a realidade também me lembrava um sonho, tudo parecia tão confuso e resolvi acordar novamente, puxei o plugue que prendia minha consciência e pensei estar acordado, sons dissonantes iam e vinham em minha mente e tudo aquilo me fazia ver a realidade com outros olhos, olhos escuros e claros, e no embalo do samba que tocava minha cabeça eu fui despertando e passei a me indagar.
- A quanto tempo estou aqui?

da idade de se ter

de se ter algo
nasce a vontade do homem
de se fazer algo
nasce a preguiça do homem

de tentar parecer algo
nasce a autenticidade do homem
e de me fazer algo
nasce a individualidade

individual
disponivel
individualisado
acolhido

social
animal
irracional
tão legal

e uma boa tarde
que o sono de ontem me cobra
horas e horas