sábado, 30 de agosto de 2008

sonho meu

Tinha em frente aos olhos a face, chapa de prata polida com um punhado de areia desértica; o espelho. A imagem que se forma plana é real mais não objeto. As semelhanças presentes entre ambas propõe e me suscita um pensamento, que expressa a semelhança entre a aparência de liberdade entre ambos.
Em sonho penso, a imagem é formada a partir do reflexo que eu exponho, objeto pensante, peça fundamental para a análise as mesma.
Logo, poder-se ia ver a imagem em condições de irracionalidade?
Qual seria a expressão na face da imagem expressada pelo objeto, sendo todo o processo permitido apenas pela intervenção da luz, pois acredita-se não haver imagens na escuridão. Ou não?
O que me ficou claro na noite em que tive este sonho é a necessidade de intervenção
De uma força primordial, uma força que precede todas as Histórias e Filosofias, para o exercício da razão e a análise da mesma.
A imagem como fruto do raciocínio possibilitado pela presença da luz.

Foi desta maneira que despertei, atordoado e confuso; resquícios de sonhos ainda se manifestavam em minha mente, tenho lembranças claras do conjunto de pirâmides que formavam um grande pátio ao centro, eu corria em grandes saltos e alcançava as nuvens, não tinha proporções nem direções tudo me parecia ilimitável e nada era mistério aquela manhã . Confundi-me e estranhei o Sol ofuscando minha visão através do vidro da janela do quarto, este que era naquela manhã pequeno mais com medidas extravagantes. Contraditório mais possíveis o teto fugia a minha vista, daí a ausência de luz, a cama que ocupava quase toda a área do quarto deixando apenas dois abismos ao redor da cama, isso tudo me amedrontou e eu pensei o por que não havia continuado a sonhar, mais a realidade também me lembrava um sonho, tudo parecia tão confuso e resolvi acordar novamente, puxei o plugue que prendia minha consciência e pensei estar acordado, sons dissonantes iam e vinham em minha mente e tudo aquilo me fazia ver a realidade com outros olhos, olhos escuros e claros, e no embalo do samba que tocava minha cabeça eu fui despertando e passei a me indagar.
- A quanto tempo estou aqui?

da idade de se ter

de se ter algo
nasce a vontade do homem
de se fazer algo
nasce a preguiça do homem

de tentar parecer algo
nasce a autenticidade do homem
e de me fazer algo
nasce a individualidade

individual
disponivel
individualisado
acolhido

social
animal
irracional
tão legal

e uma boa tarde
que o sono de ontem me cobra
horas e horas